sábado, 26 de novembro de 2011

OAB recomenda apenas três dos 17 cursos de Direito do Ceará



Somente três dos 17 cursos de Direito reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC) no Ceará têm qualidade recomendada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Universidade Federal do Ceará (UFC-campus Benfica), Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA-Sobral) e Universidade Regional do Cariri (Urca-Crato) foram as únicas com médias iguais ou superiores a cinco no “Programa OAB Recomenda – Selo OAB”.

O estudo foi desenvolvido pela seção nacional da ordem e considerou o resultado do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) 2009 e os resultados dos três últimos testes aplicados pela própria OAB. O resultado representa um índice de reprovação de 82,36% das instituições cearenses.

Das aprovadas, uma é gerida pelo Governo Federal e duas compõem a estrutura do Estado. As 14 demais são particulares - sendo 13 faculdades e uma universidade (ver quadro). Nenhuma nota, porém, foi disponibilizada pela OAB. Apenas quem eram os melhores avaliados em cada Unidade da Federação.

Em comparação com a edição anterior, a situação do Ceará está melhor. Antes, somente a UFC tinha, para a OAB, um curso positivo de “variáveis qualitativas e quantitativas”, como a ordem descreve o objetivo do Selo.

O panorama nacional também é nada animador. Dos 791 cursos selecionados, apenas 90 alcançaram desempenho satisfatório. Isso significa dizer que 88,63% das faculdades, universidades e centros universitários brasileiros oferecem cursos padrão.

São Paulo, Minas Gerais e Paraná lideram em quantidade de cursos “aprovados”. São 14, 11 e oito, respectivamente. Alagoas, Amazonas, Amapá, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins ocupam, empatados, a última posição. Cada estado conta com apenas um curso bem analisado. Acre e Mato Grosso do Sul não tiveram cursos recomendados.

O Ceará é o nono no ranking nacional e o quarto do Nordeste com as maiores aceitações. No Nordeste, fica atrás da Bahia (6), Piauí (5) e Paraíba (4). “Apesar dos seus 11 semestres, Direito é uma “correria”. Prova disso é que muita gente precisa fazer um curso só para o exame de ordem”, diz o aluno do 7º semestre da Universidade de Fortaleza (Unifor), Fernando Luiz de Sousa Pinto.

Ele foi um dos testados no Enade 2009. E contesta a medição da capacidade de estudantes e instituições com base somente no resultado de provas. “Muita gente faz pressionado pela universidade. O aluno é escolhido para fazer a prova sem a livre escolha de querer ir ou não. E o Enade é componente curricular obrigatório dos cursos de graduação. Quem vai faltar a prova colocando o diploma em risco?”, pondera. (Colaborou Mariana Lazari)
 Fonte:O povo Online

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