O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação do Ceará (Sindiute) informou nesta terça-feira (28) que quer que o reajuste de 22,22% do piso dos professores tenha repercussão nos demais níveis de carreira da categoria, segundo a presidente, Gardênia Baima. O Ministério da Educação (MEC) divulgou nesta segunda-feira (27) que o piso do vencimento base dos professores com nível médio e 40 horas semanais em todo o país passa de R$ 1.187,00 para R$ 1.451,00
De acordo com a sindicalista, a reivindicação que será apresentada à prefeitura de Fortaleza e ao governo do estado quer um "efeito cascata" nos salários dos que estão em níveis maiores de carreira e recebem um salário maior. "O reajuste do piso é baseado no nível médio com efeito no plano de cargos e carreiras. Senão não é piso, é teto. Isso causaria um problema que seria o professor de nível superior, com pós-graduação e mestrado ganhar igual ao professor com nível médio. Isso seria desconsiderar o esforço do professor", defendeu Gardênia.
Segundo a presidente do Sindiute, foi enviado nesta terça-feira (28) para a prefeitura os cálculos do sindicato sobre como eles esperam que seja o reajuste. "Esse valor divulgado pelo MEC incide no início da carreira, que incide sobre os demais níveis na carreira", alegou. No entanto, ela alertou que para a prefeitura o reajuste do MEc cita apenas que ganha o piso, que são os professores que cursaram o antigo "curso normal", equivalente ao Ensino Médio. Atualmente, todos os professores que ingressam nas redes públicas de ensino devem ter graduação, segundo Gardênia.
Governo do estado
Já em relação ao governo do estado, Gardênia Baima afirma que não há nenhuma negociação prevista. "O governo já havia anunciado os 15% de reajuste divididos (em duas partes), mas se está considerando isso como o pagamento do piso, está enganado",disse. Em 2011, professores da rede estadual permaneceram em greve por cerca de três meses.
A Secretaria de Educação do Estado (Seduc), também informou por meio de nota que na rede estadual do Ceará, "nenhum professor recebe menos do que o piso como vencimento base". Ao todo, são 13.507 professores do estado, entre efetivos e ativos. Desse número, afirma a Seduc, apenas 132 professores têm nível médio e recebiam abaixo deste valor. A secretaria também afirma que o estado vai cumprir o piso do magistério, segundo a determinação.
Já em relação ao governo do estado, Gardênia Baima afirma que não há nenhuma negociação prevista. "O governo já havia anunciado os 15% de reajuste divididos (em duas partes), mas se está considerando isso como o pagamento do piso, está enganado",disse. Em 2011, professores da rede estadual permaneceram em greve por cerca de três meses.
A Secretaria de Educação do Estado (Seduc), também informou por meio de nota que na rede estadual do Ceará, "nenhum professor recebe menos do que o piso como vencimento base". Ao todo, são 13.507 professores do estado, entre efetivos e ativos. Desse número, afirma a Seduc, apenas 132 professores têm nível médio e recebiam abaixo deste valor. A secretaria também afirma que o estado vai cumprir o piso do magistério, segundo a determinação.
'Quase todo mundo fez pós-graduação'
A professora de história do estado, Neide Batista, 60 anos, explica que com o reajuste de 15% concedido pelo governo do estado, seu salário ficou em R$ 1.306,93. Ela alega ainda que esse salário é o equivalente a 20 horas semanais. "Para quem trabalha só um expediente. Quem trabalha os dois, é o dobro", disse.
A professora de história do estado, Neide Batista, 60 anos, explica que com o reajuste de 15% concedido pelo governo do estado, seu salário ficou em R$ 1.306,93. Ela alega ainda que esse salário é o equivalente a 20 horas semanais. "Para quem trabalha só um expediente. Quem trabalha os dois, é o dobro", disse.
Além disso, Neide explica que esse valor não é relativo a quem está em estágio inicial de carreira e recebe o piso. "O meu nível é professor especial nível 12. Tenho pós-graduação. Só está assim por conta disso. Quase todo professor já fez pós-graduação. Se fosse só a faculdade de história, estaria menos que o piso", relatou.
Para neide, o valor recebido pelos professores ainda é "muito pouco" para uma profissão "árdua" e "desvalorizada". De acordo com ela, a categoria se esforça para buscar novos títulos e melhorar a formação e o salário. "Duas pesoas se afastaram agora da escola em que trabalho para fazer doutorado para melhorar", afirmou.
Manifestação
Segundo Gardênia, a prefeitura de Fortaleza marcou para o dia 8 de março para discutir o calendário dos professores e para o dia 9 de março a questão do reajuste. Também no dia 9, vai haver assembleia geral às 16h na Praça da Gentilândia, no Bairro Benfica, em Fortaleza. Há ainda um calendário de paralisações e manifestações. "Nós vamos estar preparando a paralisação nacional que acontece nos dias 14, 15 e 16. No dia 16 estaremos com outras entidades de educação, professores do estado e do município em manifestação no centro da cidade", disse.
Segundo Gardênia, a prefeitura de Fortaleza marcou para o dia 8 de março para discutir o calendário dos professores e para o dia 9 de março a questão do reajuste. Também no dia 9, vai haver assembleia geral às 16h na Praça da Gentilândia, no Bairro Benfica, em Fortaleza. Há ainda um calendário de paralisações e manifestações. "Nós vamos estar preparando a paralisação nacional que acontece nos dias 14, 15 e 16. No dia 16 estaremos com outras entidades de educação, professores do estado e do município em manifestação no centro da cidade", disse.
Fonte: Portal G1.Ce
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