Dep.Federal Pe. José Linhares (PP) |
Sr. Presidente, nobres e queridos Deputados e Deputadas, merece especial registro nos Anais desta Casa a reportagem da revista ISTOÉ de 30 novembro de 2011, ano 35, nº 2.194.
O enfoque fundamental da reportagem é a comparação entre as cidades de Sobral, no Ceará, e Barueri, em São Paulo. A abordagem se circunscreve ao problema do sistema educacional.
Começo enfatizando a riqueza de Barueri, que abriga várias celebridades da música sertaneja no seu famoso Alphaville, condomínio luxuoso, alcunhado como a Beverly Hills brasileira. Barueri é uma cidade rica, que figura em primeiro lugar no ranking do Produto Interno Bruto — PIB per capita das cidades brasileiras acima de 150 mil habitantes. Se o índice fosse dividido equanimemente entre os habitantes baruerienses, teríamos disponíveis para cada um deles mais de 100 mil reais por ano.
Diz a reportagem: Se Barueri é rica, Sobral é bem-educada.
Realmente, minha cidade, da qual tanto me orgulho e onde militei por mais de 30 anos no setor de educação, alcançou, segundo o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica — IDEB, o elevado escore, frise-se bem, 6,6 na última medição feita pelo MEC, enquanto a milionária Barueri registrou modestos 5,4. De 2005 até 2009, Sobral cresceu 48%, enquanto Barueri, 20%. Sobral gastou 60 milhões de reais com 35 mil alunos; Barueri gastou 500 milhões de reais com 60 mil alunos.
Esses números indicam como uma cidade do interior cearense, com inteligência, gestão e competência, ajudou o Brasil a chegar entre os três países que mais evoluíram em educação na década passada.
A média programada pelo MEC deveria ser 6, a ser alcançada somente em 2022. Vencemos as barreiras programáticas do MEC e alcançamos esse belíssimo escore já em 2009.
O que isso significa, na prática? Significa que todos os alunos já sabem ler e escrever no 2º ano do ensino fundamental — isso merece, Dr. João Ananias, um relevo todo especial. E que, ao chegarem ao 9ºano, dominam o ler, o escrever e o calcular.
Cabe-me agora explicitar como tudo isso está a acontecer. Em primeiro lugar, Sobral não se notabiliza por ser a terra natal de renomados humoristas, mas sim por ser o berço dos nossos maiores, que tanto fizeram pela educação e pela cultura do nosso torrão natal.
No passado, honra-nos relembrar personalidades que marcaram nossa história, como Domingos Olímpio, renomado escritor que nos legou o célebre romance Luzia-Homem, que ensejou várias edições, terminando por se constituir em filme, exibido em todo o território nacional.
A figura ímpar do nosso Bispo Conde, Dom José Tupinambá da Frota, pioneiro que nos legou o Colégio Sobralense, o Colégio Santana, o Patronato Maria Imaculada.
No presente, quem iniciou toda a revolução no sistema educacional sobralense foi o Prefeito de então, Cid Gomes, hoje Governador do Estado, assessorado pelos Secretários Ivo Gomes e Isolda Cela Arruda.
Dando continuidade ao trabalho iniciado, seu sucessor, o então Prefeito Leônidas Cristino, hoje Ministro dos Portos, avançou no processo, impulsionando-o em vários segmentos, tais como fim da indicação política dos diretores; autonomia do Secretário de Educação para gerir os recursos que, por sua vez, transfere aos diretores ou diretoras; formação permanente para professores; melhoria hegemônica das escolas; criação de material de apoio docente de acordo com a série para a qual ministra aula; programa municipal focado em alfabetizar todas as crianças até o segundo ano; bonificação direta ao professor, de acordo com o rendimento da turma; permanente estímulo para a participação da comunidade, mormente dos pais, através do conselho dos pais; incentivo do Programa a Comunidade vai à Escola, a Escola vai àComunidade; reunião quinzenal com todos os diretores; avaliação permanente de cada escola, de cada turma e, consequentemente, de cada aluno.
Esse acervo de procedimentos foi o grande responsável pelo êxito alcançado pela avaliação do IDEB. Ressalte-se o incessante, constante, diligente esforço dos diretores e professores.
Ao parabenizar todos os que se empenham para lograrmos tão meritório reconhecimento pelo MEC, cumpre ressaltar que a dinâmica continua. O atual Prefeito vai doar 2 mil laptops este ano aos alunos que mais se distinguirem.
Sinto-me profundamente honrado e gratificado, pois todos esses agentes propulsores desse magnífico evento foram meus alunos no vetusto Colégio Sobralense, por mim dirigido durante 15 anos.
Termino saudando minha querida Sobral e pondo em evidência que todas essas escolas são públicas, frequentadas por crianças e jovens cujos pais não tiveram, em sua grande maioria, a oportunidade de frequentar uma escola.
Ave, Sobral! Chegaremos, com certeza, a um pódio superior.
O enfoque fundamental da reportagem é a comparação entre as cidades de Sobral, no Ceará, e Barueri, em São Paulo. A abordagem se circunscreve ao problema do sistema educacional.
Começo enfatizando a riqueza de Barueri, que abriga várias celebridades da música sertaneja no seu famoso Alphaville, condomínio luxuoso, alcunhado como a Beverly Hills brasileira. Barueri é uma cidade rica, que figura em primeiro lugar no ranking do Produto Interno Bruto — PIB per capita das cidades brasileiras acima de 150 mil habitantes. Se o índice fosse dividido equanimemente entre os habitantes baruerienses, teríamos disponíveis para cada um deles mais de 100 mil reais por ano.
Diz a reportagem: Se Barueri é rica, Sobral é bem-educada.
Realmente, minha cidade, da qual tanto me orgulho e onde militei por mais de 30 anos no setor de educação, alcançou, segundo o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica — IDEB, o elevado escore, frise-se bem, 6,6 na última medição feita pelo MEC, enquanto a milionária Barueri registrou modestos 5,4. De 2005 até 2009, Sobral cresceu 48%, enquanto Barueri, 20%. Sobral gastou 60 milhões de reais com 35 mil alunos; Barueri gastou 500 milhões de reais com 60 mil alunos.
Esses números indicam como uma cidade do interior cearense, com inteligência, gestão e competência, ajudou o Brasil a chegar entre os três países que mais evoluíram em educação na década passada.
A média programada pelo MEC deveria ser 6, a ser alcançada somente em 2022. Vencemos as barreiras programáticas do MEC e alcançamos esse belíssimo escore já em 2009.
O que isso significa, na prática? Significa que todos os alunos já sabem ler e escrever no 2º ano do ensino fundamental — isso merece, Dr. João Ananias, um relevo todo especial. E que, ao chegarem ao 9ºano, dominam o ler, o escrever e o calcular.
Cabe-me agora explicitar como tudo isso está a acontecer. Em primeiro lugar, Sobral não se notabiliza por ser a terra natal de renomados humoristas, mas sim por ser o berço dos nossos maiores, que tanto fizeram pela educação e pela cultura do nosso torrão natal.
No passado, honra-nos relembrar personalidades que marcaram nossa história, como Domingos Olímpio, renomado escritor que nos legou o célebre romance Luzia-Homem, que ensejou várias edições, terminando por se constituir em filme, exibido em todo o território nacional.
A figura ímpar do nosso Bispo Conde, Dom José Tupinambá da Frota, pioneiro que nos legou o Colégio Sobralense, o Colégio Santana, o Patronato Maria Imaculada.
No presente, quem iniciou toda a revolução no sistema educacional sobralense foi o Prefeito de então, Cid Gomes, hoje Governador do Estado, assessorado pelos Secretários Ivo Gomes e Isolda Cela Arruda.
Dando continuidade ao trabalho iniciado, seu sucessor, o então Prefeito Leônidas Cristino, hoje Ministro dos Portos, avançou no processo, impulsionando-o em vários segmentos, tais como fim da indicação política dos diretores; autonomia do Secretário de Educação para gerir os recursos que, por sua vez, transfere aos diretores ou diretoras; formação permanente para professores; melhoria hegemônica das escolas; criação de material de apoio docente de acordo com a série para a qual ministra aula; programa municipal focado em alfabetizar todas as crianças até o segundo ano; bonificação direta ao professor, de acordo com o rendimento da turma; permanente estímulo para a participação da comunidade, mormente dos pais, através do conselho dos pais; incentivo do Programa a Comunidade vai à Escola, a Escola vai àComunidade; reunião quinzenal com todos os diretores; avaliação permanente de cada escola, de cada turma e, consequentemente, de cada aluno.
Esse acervo de procedimentos foi o grande responsável pelo êxito alcançado pela avaliação do IDEB. Ressalte-se o incessante, constante, diligente esforço dos diretores e professores.
Ao parabenizar todos os que se empenham para lograrmos tão meritório reconhecimento pelo MEC, cumpre ressaltar que a dinâmica continua. O atual Prefeito vai doar 2 mil laptops este ano aos alunos que mais se distinguirem.
Sinto-me profundamente honrado e gratificado, pois todos esses agentes propulsores desse magnífico evento foram meus alunos no vetusto Colégio Sobralense, por mim dirigido durante 15 anos.
Termino saudando minha querida Sobral e pondo em evidência que todas essas escolas são públicas, frequentadas por crianças e jovens cujos pais não tiveram, em sua grande maioria, a oportunidade de frequentar uma escola.
Ave, Sobral! Chegaremos, com certeza, a um pódio superior.
Fonte: A Voz do Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário