O hospital público de Trairi,
cidade a 125 km de Fortaleza, não tem aparelho para medir pressão, teve
o raio-x interditado pela vigilância sanitária e as ambulâncias estão
quebradas. Mesmo com a situação considerada precária por pacientes e
funcionários, o hospital atende cerca de 4.500 pessoas por mês.
"Meu sobrinho distendeu um músculo e foi preciso ir para Itapipoca.
Quando chegou lá descobriu que estava cm uma bactéria e se fosse
depender daqui não teria diagnosticado isso", disse a comerciante
Valdiana Ramos. "O hospital não tem nada", afirma a dona de casa Maria
Aparecida.
A equipe da TV Verdes Mares esteve na unidade de saúde com uma câmera
escondida e, além dos problemas com a aparelhagem do hospital, encontrou
graves falhas na estrutura. O muro externo está rachado, com um grande
buraco e ameaça cair. Na entrada, o teto apresenta infiltrações, assim
como um dos banheiros.
As paredes estão sem conservação. A cama não tem colchão e as madeiras
da grade estão quebradas. Os armários para guardar o material são
antigos e apresentam ferrugem. A TV Verdes Mares foi ainda até a sala do
arquivo, onde são guardados todos os documentos com os registros de
atendimento aos pacientes, o lugar está desorganização e está repleto de
entulho.
As portas da ambulância não fecham, o aparelho de raio-x é obsoleto e
os pacientes não têm como medir a pressão. O repórter da TV Verdes Mares
pergunta a uma funcionária onde pode medir a pressão e ele aponta para
uma moça. O repórter volta a perguntar: “Tá sem aparelho, tá quebrado?” e
ela confirma. Por fim, o repórter questiona sobre os exames de raio-x.
“O Raio-x também tá quebrado, né?”, ele responde “tá com "mais de ano".
A secretaria de saúde do Trairi admitiu que a unidade tem problemas. O
órgão informou que o município vai receber novas ambulâncias do governo
até o fim do mês e garantiu a compra de novos equipamentos, como
máquinas de lavar e esterilização.
Fonte: Portal Diário do Nordeste Online
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