A um mês de terminar o período de defeso da lagosta, moradores de Icapuí,
no litoral Leste do Ceará, denunciam a pesca predatória e também a
falta fiscalização. De acordo com o Instituto Brasileiro dos Recursos
Naturais e Renováveis (Ibama), quem desrespeitar o período do defeso
está sujeito a apreensão da carga e aplicação de multa no valor de R$
700 a R$ 100 mil.
Icapuí tem como principal fonte de renda a pesca da lagosta. Segundo o
Ibama, no município existem cerca de 300 embarcações. Desde o dia 1º de
dezembro, a pesca da lagosta está proibida em todo o litoral cearense.
Durante o defeso, o período em que acontece a reprodução do crustáceo,
fica proibida a comercialização.
Há cinco meses no porto da Barra Grande, onde os barcos que fazem a
pesca legal da lagosta, estão parados até o dia 1º de junho, quando
termina o defeso. Mas apesar de muitos pescadores respeitarem o período
de defeso, eles assumem que a pesca predatória da lagosta é praticada
todos os dias.
O dono de barco, Alcides Martins, disse que muita gente vai para o mar
de madrugada pescar. “Aqui em Icapuí, estão passando direto. Pescam
escondido. Eu chego à noite. Quando é à noite só vejo as luzes no mar
dali para lá”, afirmou. Para o pescador João Batista do Nascimento
Filho, é importante respeitar o defeso. “A gente entende que tem de ter o
defeso para não acabar a espécie e ficar pior para a gente”, disse.
Este ano, foram apreendidos cinco embarcações e quase 900 quilos de
lagosta. O chefe do Ibama disse que as fiscalizações acontecem com
frequência, mas reconheceu que a estrutura atual não é suficiente para
monitorar os 573 quilômetros de costa cearense. “Aqui no estado do Ceará,
nós precisaríamos de três embarcações e temos uma. Nós precisaríamos de
50 fiscais, mas só temos 40. Enquanto estamos no litoral leste, estão
pescando no litoral oeste. quando a gente está no mar, não tem ninguém.
Quando a gente sai, eles voltam”, argumentou.
Fonte: Portal G1.ce
O Blog Diz essa pratica da pesca predatória e feita em todo litoral....
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