Três pessoas são presas por adulteração de provas no caso das fraudes em licitações no município de Trairi

Igreja Matriz de Trairi

 Três pessoas foram presas, nesta quinta-feira, 13, em Trairi, cidade localizada a 123 Km de Fortaleza, acusadas de fraudes em licitações detectadas por uma operação iniciada na semana passada e coordenada pelo  Ministério Público e polícias Militar e Civil.
Segundo o promotor de Justiça daquele município, Igor Pereira Pinheiro, o motivo da prisão foi a adulteração de documentos que servem de prova no processo contra os acusados.
“O juiz expediu quatro mandados. Três pessoas foram presas e um ainda está foragido. Eles são acusados de manipular as provas que confirmam as fraudes nas licitações em Trairi”, informou Igor. 
De acordo com o promotor de Justiça, foram presos José Eloisio Maramaldo Filho, Caroline Gondim Lima, e Gabriela Chaves Souza. Já Neio Lúcio Ferraz Passes está foragido. “Eles irão responder por formação de quadrilha, falsidade ideológica e fraude contra a licitação, ferindo o artigo 288 e 299 do Código Penal e artigo 90 da lei 8.666”, explicou.
De acordo com Igor Pereira, eles vão se juntar a outras pessoas detidas na semana passada. Todas são direta ou indiretamente ligadas ao governo de Trairi. “São membros da comissão de licitação, advogados e ex-secretários do município. Eles assinavam documentos em branco e depois burlavam os valores da licitação. Foram desviados R$ 19,6 milhões entre 2010 até 2012”, afirmou o promotor.
Até o momento, 14 acusados continuam presos. Segundo o promotor, o ex-contratado da Prefeitura, Neio Lúcio Ferraz Passes e o procurador jurídico municipal, Guilherme Araripe Nogueira continuam foragidos.
No último dia 5, foram expedidos 16 mandados de prisão e 25 de busca e apreensão pelo juiz auxiliar de Trairi, Fernando Teles. Segundo o MPE, os acusados cometeram crimes contra a administração pública, fraudes em processo licitatórios, formação de quadrilha, condescendência criminosa e falsidade ideológica
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