Em Santa quitéria funcionário só recebe salario se for aliado do prefeito

Prefeito interino de Santa Quitéria, Zé Haroldo

"Olhe, pra liberar seu salário tenho que falar com você, pois vocês tão falando mal de mim e vou transferir tudin, vão todos pro Raimundo Martins".

Estas palavras são do prefeito interino de Santa Quitéria, Zé Haroldo, ao receber uma ligação de uma funcionária do hospital que teve seu salário bloqueado no setor pessoal, por ordem do prefeito.

A funcionária ao se dirigir ao Banco para receber seu suado salário, após um mês cansativo se surpreendeu com saldo zerado em sua conta onde recebe o salário.

Zé Haroldo foi curto e grosso comigo e disse que só liberaria meu salário quando falasse comigo, mas continuando o assunto, ele lembrou de quem se tratava e disse que as pessoas que tivessem falando mal dele iam todas serem transferidas, iam trabalhar no Raimundo Martins.

A perseguição política contra pessoas que são adeptas dos adversários políticos do atual prefeito de Santa quitéria tem se tornado frequente, pública e notória.

Todos os meses dezenas de pessoas, servidores concursados têm seus salários bloqueados por pura perseguição política, por não aceitar críticas e nem admitir que pessoas esclarecidas tenham liberdade para votar e pertencer ao grupo político que lhe convier e que for coerente com seus ideais.

Santa Quitéria, nos últimos seis meses tem vivido dias de política que era próprio do autêntico coronelismo da República Velha brasileira e o impressionanate é que as pessoas têm observado a tudo isto de forma paralisada.
Os órgãos sindicais existentes no município (Sindicato dos Servidores e sindicato dos Professores), embora muito bem articulados e que têm a missão de defender os interesses e os direitos dos funcionários da prefeitura, resguardados na constituição federal e em seus planos de cargos e carreiras e respectivo estatuto não têm sido eficientes, pelo menos o bastante para coibir a prática da famigerada política de aproveitar o cargo público que exerce para se vingar dos seus adversários, que no caso de Santa Quitéria, são tratados como inimigos.
Faltando eficiência e empenho das entidades de classes cabe ao ministério público, ao promotor de justiça.

De acordo com informações prestadas por pessoas que se sentem lesadas pela Prefeitura, que ao procurarem o promotor, receberam a informação de que o mesmo só se encontrará aqui na próxima quarta-feira (dia 17 de agosto), o que a nosso ver é no mínimo estranha, pois é inadmissível que num município como Santa Quitéria, com tanta instabilidade, o ministério público só comece suas atividades na quarta-feira e hoje, quinta-feira, já não teve expediente de atendimento ao público (acreditamos que seja apenas por esta semana).

Os funcionários da prefeitura, principalmente os que não comungam com os ideais políticos do grupo da atual administração, estão sem saber a quem recorrer e buscaram este meio de comunicação para expor a situação que a cada dia se complica e se torna mais grave.
Sabemos que toda administração tem o direito de gerir da maneira que lhe convier, mas é importante lembrar que nosso município está situado num país que tem uma democracia, e Santa Quitéria não é mais governada por caciques políticos que davam e tiravam o emprego da prefeitura na hora que bem entendesse. As pessoas se prepararam e se tornaram concursadas e efetivas.
Clamamos a intervenção do ministério público, que tem a frente o promotor Dr. Elton W. Leal para priorizar este fato em suas ações no MP de Santa Quitéria.
Clamamos ao Sindicato dos professores para que façam valer os direitos dos profissionais da educação que estão contidos no seu plano de cargos e carreiras.
Clamamos ao Sindicato dos servidores para que não abandonem a categoria. Agora sim, é hora de manifestação, de mobilização, de darem as mãos, de chamarem a imprensa como sempre tão bem fizeram.