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O governador Cid Gomes nomeou o coronel Francisco Bezerra como secretário estadual da Segurança. O militar era seu ajudante de ordem, dirigia o carro do governador como homem de confiança e testemunhou muitos atos do atual governo. Isso transforma o secretário em íntimo do Palácio da Abolição e dos seus chefes. Mas o que importa?
Passados seis meses sob o comando do coronel Bezerra, a secretaria deve muitas explicações. A principal e mais importante é o que foi feito para diminuir a sensação de insegurança que atormenta o cidadão.
As pessoas continuam matando de forma banal, a sociedade está armada e a bandidagem atua com a liberdade de antes. Não se pode comparar as gestões. O coronel Bezerra escalou um time bem melhor para combater o crime. O que falta para efetivamente os resultados aparecerem? Será que a aproximação do secretário com o gabinete do governador o prejudica? O governo está satisfeito com o avanço do comércio de drogas e dos assassinatos em série? O governo está assumindo que considera a pistolagem uma questão cultural?
A polícia do Ceará precisa responder com mais urgência aos anseios dos humilhados pelo crime. Com pistolas nas mãos, os bandidos tratam uma professora na hora do assalto com palavras como vagabunda, prostituta.
Creio que o coronel Bezerra seja um militar cheio de espírito público. O governador não o nomearia se não enxergasse nele qualidades para tal função, além da amizade. O coronel sumiu, não fala, e sua assessoria o distancia da imprensa. Onde anda o coronel Bezerra?
Fonte Blog Roberto Moreira
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