Pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) sobre as estradas brasileiras divulgada nesta quarta-feira (26) apontou que 57,4% das principais vias do país apresentam deficiências.
A pesquisa avaliou 92.747 km de rodovias, sendo 100% das federais e principais corredores estaduais, o que equivale a 42% do total de 213 mil km de vias asfaltadas do Brasil (aqui, incluídas as municipais).
Do total pesquisado, 39.521 km (42,6%) apresentam condições favoráveis (avaliados como ótimo bom), sendo que 13.356 km são de estadas sob administração de empresas privadas e outros 26.165 km sob gestão pública. No outro lado, 53.226 km (57,4%) foram classificados como regular, ruim ou péssimo. Desses, 2.018 estão concedidas e 51.208 km são geridos pelo governo.
O estudo leva em consideração as condições do pavimento, da sinalização e a geometria das estradas. O levantamento apontou que 52,1% dos 92.747 km têm pavimento considerado ótimo ou bom e 47,9% foram avaliados como regular, ruim ou péssimo.
A sinalização foi reprovada em 67,9% do trecho. Já a geometria (que leva em consideração tipo de rodovia, condição da superfície, visibilidade, legibilidade de faixas e placas e condições dos acostamentos) foi considerada deficiente em 76,8%, sendo 32% avaliado como péssimo. “O que se verifica é que houve uma piora em termos de qualidade das rodovias. A grande preocupação do setor transportador é que, no ano em que o governo mais investiu nas rodovias, o cenário não muda. Isso mostra que governo não está investindo de forma correta. Existe um problema gerencial que precisa ser equacionado”, disse o diretor executivo da CNT, Bruno Batista.
Ele avaliou que precisam ser investidos cerca de R$ 200 bilhões para deixar todas as rodovias do
país em boas condições.
A região norte é onde estão as piores estradas do país, de acordo com o estudo. De um total de 9.799 km avaliados na região, apenas 1.327 km receberam ótimo ou bom (13,5%). O sudeste tem a melhor malha rodoviária do país. Dos 26.778 km percorridos na região, foram aprovados 14.795 km (55,2%). O estudo ainda fez o ranking de ligações rodoviárias. As dez mais bem avaliadas ficam em São
Paulo e todas estão sob concessão de empresas privadas. O primeiro lugar ficou com a ligação entre as cidades de São Paulo, Itaí e Espírito Santo do Turvo.
De acordo com o documento, a ligaçãon entre Belém (PA) e Guaraí (TO), é a pior ligação rodoviária do país.
Fonte:G1.com
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