O estado do Ceará registrou este ano 51 casos de meningite, com 14 mortes, segundo a Secretaria de Saúde do Estado do Ceará (Sesa). O número é referente ao período de janeiro a 2 de setembro de 2011 e já é maior que o triplo registrado em todo o ano de 2010, quando quatro pessoas morreram vítimas da doença, alerta a Sesa.
Os dados do último boletim divulgado pela Secretaria mostram que das 14 mortes, 12 foram em Fortaleza, uma no município de Moraújo e uma em Maranguape, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).
Os demais casos da doença foram registrados pela Sesa em Fortaleza (34), Ibiapina (1), Camocim (3), Pacatuba (3), Quixeramobim (2), Paramoti (1), Eusébio (1), Jaguaribe (1), Maracanaú (2) e Iguatu (1).
Sintomas
Além de dor na nuca, a meningite também causa lesões na pele, febre e dores de cabeça e no corpo. A orientação da Secretaria de Saúde do Estado é procurar o médico imediatamente, já que a doença evolui rapidamente.
A Sesa informa que a doença atinge pessoas de todas as idades, mas a maior incidência está em crianças com menos de cinco anos, em especial, as lactentes entre três e 12 meses.
Tratamento
No Hospital São José, unidade especializada no tratamento de doenças infecciosas em Fortaleza, há 10 pacientes internados com meningite. A filha de nove anos do Barman Jairo Oliveira está internada com meningite no hospital. Ele conta que os sintomas começaram há uma semana. “Ela sentiu muita dor de cabeça, na nuca. Ela piorou, começou a provocar (vômito) e a gente teve de trazê-la (ao hospital)”, afirma.
O tratamento dos pacientes com meningite é feito com medicação na veia, remédios para evitar convulsões e alimentação à base de líquidos. Os pacientes devem ficar em isolamento nos primeiros dias da doença. Se responderem bem ao tratamento, podem receber alta num prazo de sete a 15 dias.
A meningite
A meningite é uma inflamação na meninges (membranas que revestem o cérebro e a
medula espinhal). Pode ser causada por bactérias ou por vírus e fungos. A maioria dos casos registrados no Ceará, segundo a Sesa, são de meningite bacteriana. Os casos mais letais são provocados pelas variações B e C do tipo meningocócica, causada por bactérias.
O médico infectologista, Anastácio Queiroz, descarta uma epidemia no estado, mas alerta para o perigo da doença. “A meningite meningocócica, além de poder matar muito rápido, é uma doença que o indivíduo pode transmitir para outra pessoa”, diz. O médico lembra que alguém que tenha um contato com o doente precisa tomar determinada medicação como prevenção.
Queiroz alerta ainda para o cuidado com inflamações não tratadas no ouvido, nariz e garganta que podem facilitar a contaminação.
Fonte G1Ce
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