Eles usaram os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE) que mostram que a porcentagem do número de católicos caiu de 83,24% da população brasileira para 67,84% nos últimos 20 anos.
O padre jesuíta Thierry Lienard de Guertechin, do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento (Ibrades), apresentou ao episcopado um quadro das religiões baseado no levantamento da FGV feito através da Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE que mostra o crescimento do número de evangélicos no país.
Mas para o cardeal Dom Cláudio Hummes, ex-prefeito da Congregação do Clero Vaticano e ex-arcebispo de São Paulo o número absoluto de católicos cresce, mas eles perdem nos números relativos. “Não basta fazer uma bela teologia em pequenos grupos, se os católicos que foram batizados não são evangelizados”, disse ele.
Outro fator que incomoda os bispos é o fato de apenas 5% dos 130 milhões de fiéis serem católicos praticantes que vão à missa, recebem os sacramentos e participam da comunidade. Um número muito pequeno, já entre os evangélicos o número de praticantes é bem maior.
Mas eles acreditam que se o IBGE fizer uma pesquisa com o maior número de amostragem essa diferença possa ser corrigida, já que se entende por católico os membros de sete igrejas, incluindo a Igreja Católica Romana, enquanto que o termo evangélico abrange os fiéis de mais de 40 denominações, sendo a maior delas a Assembleia de Deus que tem 5,77% de membros.
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