No pronunciamento transmitido em rede de rádio e televisão
para comemorar ao Dia do Trabalho (1º de maio), a presidenta Dilma
Rousseff cobrou dos bancos privados mais esforços para reduzir as taxas
de juros cobradas em empréstimos, cartões de crédito e no cheque
especial. E aconselhou o brasileiro a procurar os bancos que ofereçam as
taxas mais baixas.
“É inadmissível que o Brasil, que tem um dos sistemas financeiros mais
sólidos e lucrativos, continue com um dos juros mais altos do mundo.
Esses valores não podem continuar tão altos. O Brasil de hoje não
justifica isso. Os bancos não podem continuar cobrando os mesmos juros
para empresas e para o consumidor, enquanto a taxa básica Selic cai, a
economia se mantém estável e a maioria esmagadora dos brasileiros honra
com presteza e honestidade os seus compromissos”, disse Dilma no
discurso veiculado esta noite (30).
Para a presidenta, com a queda da taxa básica de juros e inflação
estável, os bancos privados estão sem argumento para explicar a
manutenção dos altos juros cobrados dos clientes. “O setor financeiro,
portanto, não tem como explicar essa lógica perversa aos brasileiros. A
Selic baixa, a inflação permanece estável, mas os juros do cheque
especial, das prestações ou do cartão de crédito não diminuem”.
Para pressionar os bancos privados, a presidenta espera contar com a
pressão dos próprios clientes, que podem estimular a competição entre os
bancos. “É bom, também que você consumidor, faça prevalecer os seus
direitos escolhendo as empresas que lhe ofereçam melhores condições”,
disse.
Dilma Rousseff espera que os bancos privados sigam os mesmos passos dos
bancos públicos, que reduziram as taxas das linhas de crédito voltadas
ao consumo e do cheque especial. “A Caixa Econômica Federal e o Banco do
Brasil escolheram o caminho do bom exemplo e da saudável concorrência
de mercado, provando que é possível baixar os juros cobrados dos seus
clientes em empréstimos, cartões, cheque especial, inclusive no crédito
consignado”.
De acordo com a presidenta, somente quando os juros nacionais chegarem
ao patamar das taxas internacionais, a economia brasileira “será
plenamente competitiva”, saudável e moderna.
Para fortalecer a economia do país e estimular a abertura de vagas de
trabalho, Dilma citou que, no governo dela, retirou impostos incidentes
sobre a folha de pagamento, “dando mais alívio ao empregador e mais
segurança ao empregado”. E defendeu a necessidade de se investir em
educação de qualidade "em todos os níveis" e, também, na qualificação e
treinamento dos trabalhadores.
Fonte: Agência Brasil
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