terça-feira, 20 de novembro de 2012

Sob forte pressão diplomática, Hamas fala em "calmaria" amanhã


Soldados israelenses reúnem se perto da fronteira Israele Faixa de Faixa
 O movimento radical islâmico Hamas anunciou nesta terça-feira um período de calmaria no confronto com o Exército israelense, iniciado há uma semana.
O acordo deveria ter sido anunciado às 21h (17h em Brasília) e aplicado a partir da meia-noite de quarta (20h de terça), ainda conforme o Hamas. Nem o governo israelense nem o egípcio se pronunciaram.
Conforme a rede de TV americana CNN, minutos após as 21h, ainda era possível escutar explosões em Gaza.
Hillary Clinton, a secretária de Estado americana, chega ainda nesta terça-feira a Israel para conversar com o premiê Binyamin Netanyahu, em Jerusalém. Na quarta (21) ela deverá viajar a Ramallah, na Cisjordânia, e se reunir com o presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas. Ela ainda deverá se reunir com o presidente egípcio, Mohamed Mursi, que lidera a mediação entre os dois lados. O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-moon, também está na região. Ele se encontrou, em Jerusalém, com o presidente de Israel, Shimon Peres, por quem foi elogiado.
O confronto começou na quarta-feira passada (14), com o lançamento de uma operação do Exército de Israel batizada de Pilar de Defesa cujo objetivo seria pôr um fim aos disparos de foguetes por parte de militantes na faixa de Gaza.
Um soldado israelense foi morto ao sul de Israel na tarde desta terça-feira, de acordo com o Exército. Ele tinha 18 anos. Foi a primeira morte de um militar israelense, desde o começo do confronto. Outros três civis foram mortos na quinta (15). Do lado palestino, os mortos somam ao menos 125, sendo 31 crianças. Nesta terça teriam sido mortos também dois operadores de câmera do canal de TV Al Quds, ligado ao Hamas.
No fim da semana passada, as cidades de Jerusalém e Tel Aviv, capital israelense, foram pela primeira vez ameaçadas pelos foguetes palestinos. Os ataques, entretanto, não conseguiram atingir um alvo importante nem provocar mortes.
Desde o lançamento da operação, Israel já convocou dezenas de milhares de militares reservistas, em um indício de que estaria disposto a evoluir para uma invasão por terra.
Khaled Meshaal, líder do Hamas, repetiu nesta terça que suas condições para a trégua são Israel precisa parar com os bombardeios e suspender o bloqueio econômico a Gaza. 

Fonte: Folha Online

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