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Área em processo de desertificação, sem parte da vegetação |
Caracterizado por um processo de
degradação do solo nas regiões áridas, semiáridas e subúmidas secas, a
desertificação é um problema encarado em parte do Ceará. As áreas
cearenses que passam por esse processo foram dividas em três núcleos,
que somam 13 municípios. Os núcleos são: Irauçuba/Centro Norte; Inhamuns e Jaguaribe.
De acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), boa parte dos municípios do Ceará passam por processos de degradação muito grave/ grave (88) ou moderado (18). A gerente do Núcleo de Recursos Hídricos e Ambientes da Funceme, Margareth Carvalho,
ressaltou que o fenômeno é característico da região Nordeste,
abrangendo parte de Minas Gerais e do Espírito Santo. “Nos outros
estados há outros processos que assemelham, mas não é o mesmo”, disse.
A
grave seca de 2012 ajudou no agravamento da situação, como falou a
gente. “A vegetação perdeu completamente as folhas, solo ficou nu, houve
erosão eólica (com a falta de chuva ocasiona esse tipo de erosão). E as
primeiras chuvas acontecem no solo solto e frágil, que vai carreando,
causando erosão”, afirmou.
Causas e consequências
De acordo com Margareth, o Ceará tem um histórico de degradação.
“Originalmente tem um solo suscetível, pouco raso, com embasamento
cristalino. Com chuva, vento e erosão, naturalmente, aparece a rocha e
[o solo] perde a camada fértil”, explicou. Ela também afirmou que as
causas humanas da desertificação são: maneira do cultivo agrícola, da
pecuária, desmatamento desordenado, queimadas em épocas de preparo do
solo, manejo incorreto do sola que acarreta a erosão.
Os impactos
gerados refletem “na queda na produtividade agrícola, perda de
biodiversidade, perda de solo por erosão, assoreamento do rios e
reservatórios, migração da população e agravamento dos problemas
sociais”.
Como combater?
Margareth
apontou que, desde 1992, a Funceme passou a estudar e combater o
problema. Mas ele já acontece há muito tempo. Ela explicou que o atual
projeto propõe a recuperação de um área piloto, que é muito degradada e
está piorando. “Cercamos a área e vamos implementar algumas ações de
manejo do solo”, disse. Tudo isso vai acontecer em conjunto com a
população, conscientizando-a.
Segundo
a gerente, se nada for feito e o clima continuar de forma extrema
(muito seco ou com fortes chuvas), a probabilidade de ter mais áreas com
desertificação é grande.
Áreas desertificadas
Núcleo I (Irauçuba/Centro): Miraíma, Itapagé, Irauçuba, Santa Quitéria e Canindé.
Núcleo II (Inhamuns): Independência, Tauá e Arneiroz.
Núcleo III (Jaguaribe): Jaguaribe, Jaguaribara, Jaguaretama, Alto Santo e Morada Nova.
Núcleo II (Inhamuns): Independência, Tauá e Arneiroz.
Núcleo III (Jaguaribe): Jaguaribe, Jaguaribara, Jaguaretama, Alto Santo e Morada Nova.
Fonte: Jangadeiro Online
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