sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Renan Calheiros é eleito presidente do Senado

O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) foi eleito o novo presidente do Senado por 56 votos, na tarde desta sexta-feira, 1º. O candidato Pedro Taques (PDT-MT) recebeu 18 votos. Dois senadores votaram em branco e dois anularam. A votação foi secreta.
A vitória de Renan já era esperada. O senador integra o partido de maior bancada na Casa e contava com apoio do PT. Em seu discurso, antes da votação, o peemedebista não fez menções às denúncias apresentadas contra ele. Durante os 20 minutos de fala, o senador apresentou propostas de ações e prometeu criar a Secretaria da Transparência, que seria responsável por atender pedidos feitos com base na Lei de Acesso à Informação. "Alguns aqui falaram sobre ética e seria até injusto com esse Senado, que aprovou celeremente a Lei da Ficha Limpa, demonstrando que esse é compromisso de todos nós", disse.
O candidato Pedro Taques disse que subia à tribuna do Plenário da Casa com a certeza de que será derrotado na eleição para a Presidência do Senado. "Sei que a nossa derrota é certeira, transparente, inevitável, aritmética", afirmou. No discurso, ele citou figuras históricas, como Tiradentes, para afirmar o orgulho que sente por sua "corajosa" candidatura. Taques questionou também a candidatura de Renan. "Existem voltas esperadas. (...) Mas existem voltas que criam receios. Receios de continuísmo, de letargia, de erros. Sou o anti-candidato, aquele que perderá. (...) Eu não temo o próprio passado e, portanto, não temo pelo meu futuro", afirmou.
Base e oposição. Durante a sessão, outros senadores discursaram em plenário antes do início da votação. Os aliados defenderam o critério da proporcionalidade, tradição da Casa, segundo a qual o partido com maior número de parlamentares indicam o nome que vai ocupar a cadeira de presidente. Já os oposicionistas lembraram os processos em curso contra Renan.
"O PMDB exerce seu legítimo direito de escolha [de indicar o candidato à presidência]. Nosso partido fez a escolha correta. O PMDB não está usurpando o direito de ninguém", afirmou Lobão Filho (PMDB-MA).
Do mesmo partido, mas contrário à candidatura de Renan, Simon Pedro sugeriu que o senador retirasse sua candidatura. "Eu não tenho intimidade com ele, mas se tivesse eu diria: 'Não te mete nessa, Renan'. É importante deixar o Senado tranquilo."
Em sua discurso, o senador Fernando Collor (PTB-AL), atacou o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que encaminhou ao Supremo na semana passada ação contra Renan. "[O Senado] Não pode aceitar denúncia inepta e partindo de quem está partindo. Este senhor é prevaricador, chantagista e, portanto, sem autoridade moral para colocar um senador em situação de constrangimento."
O presidente é o 3º na linha sucessória presidencial e é o responsável por convocar e presidir as sessões, além de definir o que será votado na Casa. O chamado 1º secretário é o "prefeito" do Senado, a quem cabe funções como a decidir como será gasto o orçamento do Senado. O cargo deve ficar com Flexa Ribeiro (PSDB-PA)

Fonte: O estado de São Paulo

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