A Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado do Ceará (Sejus-CE)
realiza quarta-feira (09), às 9h, a primeira audiência para o uso de
tornozeleiras eletrônicas em presos tipificados na Lei Maria da Penha/
Lei 11.340 de 2006, no auditório da Secretaria da Justiça e Cidadania
(Rua Tenente Benévolo, 1055). Um projeto testará o uso de tornozeleiras
eletrônicas para afastar agressor da vítima. Na medida de segurança
aplicada pela Justiça, a mulher, vítima de agressões, receberá um
equipamento que a avisará quando o agressor, se aproximar dela em, no
máximo, 200 metros de distância. Três casos serão iniciados amanhã, com
audiência da Juíza e explicações sobre o uso do equipamento por parte
dos técnicos.
A ideia do acompanhamento eletrônico surgiu após reuniões entre o
Governo do Estado do Ceará, a Defensoria Pública, o Tribunal de Justiça e
o Ministério Público, em que se constatava a necessidade de uma medida
protetiva de maior eficácia, visto que muitos ex-companheiros têm
desobedecido às decisões judiciais em favor das vítimas de violência
doméstica. “Este projeto pretende assegurar que as medidas de segurança
determinadas pela Justiça sejam efetivamente cumpridas, dando mais
segurança à mulher já que ela mesma saberá quando o seu agressor está
por perto. A Polícia também será acionada e ele poderá ser capturado
antes de cometer qualquer novo delito”, explica a secretária da Justiça e
Cidadania do Estado, Mariana Lobo. A medida também poderá, no futuro,
servir como uma alternativa ao encarceramento, visto que na comarca de
Fortaleza existem mais de 150 presos (separados, por este delito, na
CPPL III) tipificados por este crime. Desta forma, o monitorado, por sua
vez, poderá retornar ao convívio social, mas acompanhado e,
consequentemente, distante da vítima.
Na ocasião, um termo de parceria será assinado entre a secretária da
Justiça e Cidadania, Dra. Mariana Lobo, a Coordenadora Especial de
Políticas Públicas para Mulheres do Gabinete do Governador, Dra. Mônica
Barroso, o Ministério Público Estadual, representado pela Coordenadora
dos Núcleos de Gênero Pró-Mulher, Dra. Maria Magnólia Barbosa da Silva, a
Defensoria Pública, representada pelos defensores Dr. Daniel Monteiro
Mendes e Dra. Elizabeth das Chagas Sousa, o Tribunal de Justiça do
Ceará, representado pela desembargadora Coordenadora Estadual da Mulher
em Situação de Violência Doméstica e Familiar, Dra. Francisca Adelineide
Viana e pela juíza titular do Juizado da Violência Doméstica e Familiar
contra a Mulher, Dra. Fátima Maria Rosa Mendonça, e pelo Delegado Chefe
das Delegacias Especializadas, Dr. Rommel Kerth.
No primeiro momento 12 equipamentos serão disponibilizados pela Sejus
à Justiça Cearense, podendo ser aumentado gradativamente com intuito de
contribuir para a prevenção e combate a violência contra a mulher.
Fonte:Assessoria de Comunicação da Secretaria da Justiça e Cidadania do Ceará
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