Deputado Manoel Duca (PRB) |
O deputado Manoel Duca (PRB) afirmou, na abertura da sessão plenária desta quinta-feira (19/05) da Assembleia Legislativa, que a cajucultura no Ceará está em decadência. Segundo ele, faltam investimentos do Governo do Estado que, para 2011, previu apenas R$ 2,7 milhões no Orçamento para ações de agricultura. O parlamentar citou matéria da Revista Plenário , uma das publicações oficiais da Coordenadoria de Comunicação Social da AL.
Manoel Duca disse que os produtores estão desestimulados e providências emergenciais precisam ser tomadas pelo poder público, sob pena de o setor sucumbir ou os estados de Piauí e Rio Grande do Norte tornarem-se os maiores produtores de caju do Brasil. Atualmente, o Ceará ocupa este posto.
De acordo com o republicano, mais de 57 mil famílias são produtoras de caju no Estado. Por ano, mais de 28 mil trabalhadores rurais são envolvidos na manutenção de cajueiros e colheita de caju. Em indústrias de beneficiamento de castanha, são outras 15 mil pessoas – sendo 80% mulheres. “É uma cadeia produtiva de emprego e renda. Somente o cajueiro gera renda para 8,8% da população do Ceará”, contabilizou.
Ele citou que, dos mais de R$ 1 bilhão em exportações no Ceará em 2012, R$ 182 milhões vieram da comercialização de amêndoas. Isto representa 14% do total. Conforme Manoel Duca, a média de produtividade brasileira, hoje, é de 269 quilos de castanha por hectare plantado. Anos atrás, era de 367 quilos por hectare. O Vietnã é o maior produtor mundial.
O deputado revelou que a queda de produção deve-se ao envelhecimento dos pomares, a predominância de cajueiros de grande porte e a falta de assistência técnica e qualidade profissional na área para dar suporte aos produtores. Tudo isto faz o preço do quilo da castanha in natura, por exemplo, ficar abaixo de R$ 1. Ano passado, o valor era de R$ 0,80. Este ano, por conta da escassez de chuva em algumas regiões, chegou a R$ 2,90. “Enquanto o salário mínimo aumentou 300% de 1999 a 2011, o preço da castanha diminuiu 41% no mesmo período”, comparou.
Em aparte, o deputado Edísio Pacheco (PV) lembrou de inúmeras mobilizações já feitas para incrementar a cajucultura cearense. Citou, inclusive, a realização de inúmeras audiências públicas promovidas pela Assembleia Legislativa. E lembrou de lei aprovada pela Casa para inserir o caju no cardápio da merenda escolar de instituições públicas de ensino. “Mas, até agora, a gente ainda não viu uma atenção maior com relação a isto”, lamentou!!
fonte Blog macario
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