quarta-feira, 1 de junho de 2011

ACARAÚ: Clima tenso na volta da pesca da lagosta




Hoje é um dia de voltar à rotina: madrugar no mar, mergulhar manzuá e esperar que dali venham lagostas bem graúdas, porque por seis meses elas se reproduziram e ontem acabou o período do defeso. Hoje o dia seria tranquilo se o mais provável é que não se encontre lagosta como em outros anos, porque a pesca predatória tratou de trabalhar mesmo no período proibido. Pescadores artesanais de Icapuí denunciam que alguns grupos que usam equipamentos ilegais pescaram durante o defeso. Na semana passada teriam levado cerca de 12 toneladas do crustáceo para Recife. O Ibama apreendeu 450 quilos nos seis meses dado para reprodução. Além disso, centenas de barcos navegam hoje no mar sem licenciamento. A volta ao mar também é a retomada de infelizes capítulos no mar cearense: a guerra da lagosta.

Rivalidade

O período de defeso também foi de cessar-fogo entre os rivais do mar, mas é com a volta desse clima de apreensão entre as partes que se inicia mais um capítulo dessa guerra no mar. No episódio anterior, a lagosta era prestigiada e apreciada num evento gastronômico dedicado a ela. No Festival da Lagosta, em novembro de 2010, a reafirmação do óbvio para quem vive naquelas bandas do litoral: esse crustáceo que alimenta o mundo nos restaurantes é o que alimenta milhares de famílias que vivem da pesca. E a captura predatória, que segue ininterrupta apesar da fiscalização, tem sido o principal fator de escassez logo no Estado que é o maior exportador e produtor brasileiro da lagosta.

Prova de que existiu a pesca no período do defeso é que o Ibama flagrou nove barcos desobedientes e recolheu 450 quilos de lagosta, principalmente do Litoral Oeste - Camocim, Mundaú, Itarema e Acaraú. Mas a batalha maior acontece no Litoral Leste, notadamente Icapuí.

MAIS INFORMAÇÕES 
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama)
Departamento de Fiscalização de Pesca
Telefone: (85) 3272.7370

Com informações do Jornal Diário do Nordeste

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