quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Mesquita diz que pode haver mais convênios de kits sanitários irregulares



O deputado Roberto Mesquita (PV) afirmou, na sessão plenária desta quarta-feira (03/08) da Assembleia Legislativa, que os 56 convênios governamentais inspecionados pelo Ministério Público de Contas são apenas “a ponta do novelo” no escândalo dos kits sanitários. As parcerias foram feitas entre a Secretaria das Cidades e associações comunitárias para a construção de banheiros no Interior. Entretanto, denúncias feitas pelo jornal O Povo indicam malversação do dinheiro público destinado a essas obras.

Para Mesquita, o Executivo tem seus méritos em ações desenvolvimentistas, mas peca “em práticas politiqueiras que em nada constroem”. Ele destacou o caso do município de Ipu, no noroeste do Ceará, onde serviços foram contratados para a entrega de mais de 2.000 kits e quase nada teria sido feito. O dinheiro das obras, no entanto, fora liberado na sua integralidade.


Roberto acusou os ex-titulares da Secretaria das Cidades, Joaquim Cartaxo (hoje sem cargo no Governo) e Jurandir Santiago (atual presidente do Banco do Nordeste do Brasil (BNB)); e o ex-titular da Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA), Camilo Santana (hoje nas Cidades), de falta de zelo quando da celebração dos contratos no primeiro mandato do governador Cid Gomes. “Receio que, se formos olhar os últimos quatro anos, vamos descobrir porque o seu Camilo tirou 140 mil votos (para deputado estadual). Os fins não justificam os meios, como é a prática do PT”, atacou.


De acordo com o parlamentar, os critérios de distribuição desses banheiros também são duvidosos. “É de forma politiqueira, com os deputados da corriola do Governo perguntando como podem fazer”, citou, cobrando da Assembleia um posicionamento sobre as denúncias feitas pelo jornal.


Roberto Mesquita defendeu que inspeções sejam feitas em todos os contratos celebrados entre SDA, Secretaria das Cidades e associações comunitárias. “Estão aparecendo algumas falhas do Governo intocável; do Governo vestal, que ninguém pode falar nada contra. É o momento de prestar contas à sociedade”, disse, frisando o pedido do deputado Heitor Férrer (PDT) de instituir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o escândalo.

BC/LF


Fonte:Agência de Notícias da Assembleia Legislativa

Nenhum comentário:

Postar um comentário