segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Mulheres avançam no mercado da aviação e chegam a comando de voo

 Joana faz ajustes do voo de São Paulo para Brasília
 Elas não são grandes nem fortes. São pequenas, discretas e delicadas. Não se esquecem do batom e, com unhas caprichosamente pintadas de vermelho, seguram com mãos firmes um Boeing de até 79 toneladas.
Números da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) mostram o crescimento do número de mulheres que procuram o mercado aéreo. Em 2009, foram expedidas 44 licenças para pilotos do sexo feminino: 35 delas conseguiram licença de piloto privado e outras 8 de comercial. Apenas uma obteve a habilitação para comandante de uma linha aérea.
O número duplicou em 2010, quando foram expedidas 86 licenças para mulheres: 56 novas de piloto privado, 24 de comercial e 6 de linha aérea, para a qual são necessárias 1.500 horas de voo. Em relação ao ano anterior, a tendência é que 2011 termine com um novo recorde. (veja tabela abaixo)A comandante Joana Moojen, de 30 anos, recém-promovida ao posto e com mais de 3 mil horas de voo, decolou de São Paulo com destino a Brasília na tarde de quarta-feira (19) tendo a seu lado a copiloto Juliana Campos, de 30 anos, em uma das raras vezes em que duas mulheres estiveram à frente de um voo comercial no país.

O G1 acompanhou com exclusividade o voo de ida e volta do aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital paulista, para o Aeroporto Presidente Juscelino Kubitschek, em Brasília, realizado pela Gol com um tripulação totalmente composta por mulheres: além das duas pilotos, a três comissárias também eram do sexo feminino. A chefe de cabine Priscila Heimy acabou de voltar da licença maternidade. Sua filha tem apenas 8 meses e sente sua falta durante as viagens.


mulheres aviação comando gol (Foto: Tahiane Stochero/G1) 
Comandante coloca dados sobre o voo no computador
de bordo do Boeing 737 (Foto: Tahiane Stochero/G1)
“Como é um voo feminino, o papo aqui dentro é de mulher. E do que mulher fala quando está sozinha?”, brincou a comandante, quando questionada pela reportagem sobre o que conversaria nas alturas com a companheira. “Agora que tenho uma filha, só falo de fraldas, cuidados com criança, mamadeiras. Mães fazem voos mais curtos, como ponte-aérea, para pode voltar para o lar mais rápido”, diz Priscila.
Joana foi promovida a posição de comandante há cerca de quatro meses após ter atuado por seis anos como copiloto.
Fonte:G1.com

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