quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Roberto Mesquita responde a Perboyre e defende liberdade de expressão

Dep. Roberto Mesquita (PV)


Na tarde desta quarta-feira (05/10), durante sessão plenária na Assembleia Legislativa, o deputado Roberto Mesquita (PV), defendeu a liberdade de imprensa, respondendo as críticas feitas hoje pelo deputado Perboyre Diógenes (PSL) sobre o jornalista Fernando Maia do jornal O Estado. Perboyre teria defendido o prefeito de Iguatu, Agenor Gomes de Araújo Neto, afirmando que Maia cometeu uma injustiça com o “melhor gestor do estado do Ceará”, ao realizar denúncias a respeito do prefeito em sua coluna.
Para Mesquita, é preciso erguer no Poder Legislativo uma “catedral para se cultivar a liberdade de expressão”. Ele disse que, com certeza, o deputado do PSL não tinha o propósito de fazer a crítica da forma que ele compreendeu e saudou O Estado, lembrando que o jornal tem o lema “Você jamais será livre sem uma imprensa livre”.
“O jornal O Estado tem 75 anos de história, período em que vem contribuindo para a formação da sociedade cearense, trazendo ideias inovadoras e ideais democráticos. É um jornal que abre suas páginas para que cidadãos cearenses, colunistas e jornalistas expressem suas opiniões. E é lá que o jornalista Fernando Mais expressa suas ideias”, afirmou.

De acordo com o deputado, Perboyre tem todo o direito, com a liberdade que a democracia prega, de pensar diferente do jornalista. Porém, segundo ele, o jornalista também tem o mesmo direito de expressar sua opinião e seus pensamentos. “É cultivando a democracia desta forma, em que opiniões diferentes são colocadas com a liberdade oferecida pelo momento, que O Estado nos presenteia com colunas como a de Fernando Maia”, acrescentou.
Em aparte, o deputado Perboyre Diógenes destacou que, realmente, em momento algum quis diminuir o jornal, nem mexer em sua credibilidade. Ele explicou que sua intenção foi solicitar ao jornalista cuidado com suas palavras pois, “se ele escrevsse em um veículo de maior circulação, o estrago feito em cima de um prefeito honesto e trabalhador, com quem ele já teve problemas pessoais no passado, fosse talvez irreversível. Não tive a intenção de mexer com a importância do jornal O Estado”, concluiu.

O deputado Capitão Wagner Sousa (PR) registrou que vem de uma instituição em que o direito de se expressar não é tão bem visto, pois, segundo ele, aquele que se expressa no militarismo é geralmente visto como subversivo. Ele ressaltou, porém, que tem consciência de que no meio civil isso é diferente. Wagner lembrou ainda, que o próprio jornalista Fernando Maia o criticou em sua coluna na semana passada, mas ele não cobrou satisfação porque “expressar opinião é um direito previsto constitucionalmente”.
Por fim, Roberto Mesquita salientou que a Polícia Militar é uma instituição onde se prega a hierarquia e a disciplina, ao contrário do Parlamento, onde esta não existe. “Aqui todos nós somos iguais. Existem aqueles que têm até sete mandatos, como o deputado Moésio Loiola (PSDB), aqueles que já foram prefeitos, mas, mesmo com essas características diferentes, somos iguais e é essa igualdade que devemos exaltar sempre”, encerrou.

Fonte:Agência de Notícias da Assembleia Legislativa

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