O deputado Roberto Mesquita (PV) usou a tribuna da Assembleia Legislativa para exaltar sua façanha: comunicar que elegeu dois conselheiros tutelares. As duas mulheres eleitas pelo deputado são da periferia, da comunidade do Papoco, um favelão.
Na Câmara Municipal de Fortaleza durante toda a semana vereadores também se vangloriaram por terem conseguido eleger seus candidatos. Ao todo, 30 conselheiros foram eleitos, além dos suplentes.
A coisa funciona da seguinte forma: o vereador elege o conselheiro e depois o conselheiro o apoia para a reeleição ou para uma disputa maior, na Assembleia. O conselheiro, lá na frente, disputa eleição para vereador.
Enquanto a marmota é feita, as crianças e adolescentes se envolvem com drogas, prostituição e crimes. Os conselheiros gastam o tempo despachando com vereadores e deputados. Nós, contribuintes, como sempre pagamos a conta. Cada conselheiro embolsa R$ 3.500 por mês.
Um grupo de promotores e advogados questiona o processo desde a sua origem. Antes de estabelecida a candidatura, os futuros candidatos fazem uma prova. Apenas 70 foram aprovados, número inferior ao necessário, já que são 30 vagas para titulares. O correto seria que o número de candidatos fosse cinco vezes o número de vagas.
A eleição é uma fraude. O eleitor não tem conhecimento. A campanha acontece às escondidas, na periferia. Os candidatos compram votos, praticam toda corrupção possível. A justiça eleitoral não tem como fiscalizar, são poucos agentes da lei.
Os mesmos eleitores que votam para prefeito e vereador, estão aptos a votar na eleição dos conselheiros tutelares. Pouca gente comparece as urnas. É a falta de informação. É Lamentável que as crianças estejam sujeitas ao mais sórdido dos costumes, a pratica da corrupção dos tutelares.
Fonte: Blog Roberto Moreira Tv. Diário
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