Explica a coordenadora de licitações, Indiara de Almeida Lima "A
gente sempre teve outras prioridades do que casar, porque pra você
casar não necessariamente, teria que fazer uma festa, são muitos
gastos. Então, nossas prioridades primeiro era casar ou comprar um
carro, a gente comprou um carro, era casar ou comprar nosso lote, a
gente comprou o lote, era casar ou construir nossa casa, a gente
construiu nossa casa. Então assim pra gente não é uma prioridade na
nossa vida. Gostaria de casar? Gostaria, um dia, mas, seria mais uma
satisfação pra sociedade, não que seja pra mim ou pra ele, uma
prioridade"
O estudo do IBGE aponta ainda, que as uniões não formalizadas são mais
comuns entre as classes sociais mais baixas. A antropóloga e
professora titular da Universidade de Brasília, Lia Zanotta, atribui à
facilidade e conveniência entre algumas classes para essa configuração
no país:
"No
Brasil grande parte das classes populares não realizavam e continuam
não realizando o casamento, mas, sim uniões consensuais. Ou seja, é
mais fácil, é menos burocrático, você mora junto e essa opção começa
porque na área rural ou às vezes na periferia você não tem sempre
cartórios disponíveis, tem que pagar para o casamento, então essas
uniões consensuais se faziam e quando se casava, se casava na igreja e
nem sempre no civil"
Ainda
segundo a antropóloga Lia Zanotta, atualmente, os casais estão
preferindo viver juntos motivados pela ideia de experimentar o
relacionamento cotidiano e só depois, consumar o casamento civil. Outra
situação muito comum retratada pela professora da UnB é a
possibilidade de ir ao cartório e formalizar o casamento por meio de um
documento de união estável, dispensando assim o casamento civil
propriamente dito.
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