sexta-feira, 19 de outubro de 2012

No Brasil cresce o número de uniões sem formalização.

 A coordenadora de licitações, Indiara Lima vive há mais de sete anos com o segurança Fábio Luis Gomes. O casal optou em não celebrar o casamento civil ou religioso devido aos inúmeros gastos que estas cerimônias costumam gerar. O exemplo deles parece seguir uma tendência, já que, dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, apontam que 36,4% dos relacionamentos no país não são formalizados. Indiara explica que o casamento não saiu por falta de vontade.
Explica a  coordenadora de licitações, Indiara de Almeida Lima "A gente sempre teve outras prioridades do que casar, porque pra você casar não necessariamente, teria que fazer uma festa, são muitos gastos. Então, nossas prioridades primeiro era casar ou comprar um carro, a gente comprou um carro, era casar ou comprar nosso lote, a gente comprou o lote, era casar ou construir nossa casa, a gente construiu nossa casa. Então assim pra gente não é uma prioridade na nossa vida. Gostaria de casar? Gostaria, um dia, mas, seria mais uma satisfação pra sociedade, não que seja pra mim ou pra ele, uma prioridade"
 O estudo do IBGE aponta ainda, que as uniões não formalizadas são mais comuns entre as classes sociais mais baixas. A antropóloga e professora titular da Universidade de Brasília, Lia Zanotta, atribui à facilidade e conveniência entre algumas classes para essa configuração no país:
"No Brasil grande parte das classes populares não realizavam e continuam não realizando o casamento, mas, sim uniões consensuais. Ou seja, é mais fácil, é menos burocrático, você mora junto e essa opção começa porque na área rural ou às vezes na periferia você não tem sempre cartórios disponíveis, tem que pagar para o casamento, então essas uniões consensuais se faziam e quando se casava, se casava na igreja e nem sempre no civil"
 Ainda segundo a antropóloga Lia Zanotta, atualmente, os casais estão preferindo viver juntos motivados pela ideia de experimentar o relacionamento cotidiano e só depois, consumar o casamento civil. Outra situação muito comum retratada pela professora da UnB é a possibilidade de ir ao cartório e formalizar o casamento por meio de um documento de união estável, dispensando assim o casamento civil propriamente dito.

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