O anúncio foi feito, ontem, pelo coordenador da Procap, procurador
Maurício Carneiro, após reunião com técnicos do TCM e promotores que
integram a Procap. A operação que começa no dia 22 de outubro deverá
terminar no dia 14 de dezembro, informou o diretor de fiscalização do
TCM, Juraci Muniz Júnior. Para esse trabalho, o TCM está
disponibilizando 70 técnicos das áreas de contabilidade, engenharia e
pessoal que serão distribuídos em 10 equipes de fiscalização. Nas
investigações, cada equipe contará com um promotor de justiça.
Os
relatórios das inspeções especiais serão disponibilizados uma semana
depois da fiscalização. Os 142 municípios cearenses que elegeram novos
prefeitos integram a matriz de risco onde pode haver fiscalização. Nem
todos serão fiscalizados porque o risco de desmonte é menor onde o
prefeito elegeu o sucessor. O levantamento dos municípios onde o
prefeito não foi reeleito nem conseguiu eleger o sucessor ainda está sendo feito.
Serão
prioridade para a fiscalização os municípios objeto de denúncias ao MP
Estadual ou ao TCM, bem como aqueles que, nas inspeções ordinárias do
TCM, forem identificadas ações de desmonte. Qualquer cidadão pode
denunciar. Os relatórios das equipes de fiscalização serão avaliados em
reuniões a serem realizadas todas as sextas-feira por integrantes do
Procap e do TCM. Dependendo da situação, poderão ser interpostas ações
de improbidade administrativa, com o possível afastamento de prefeitos e
até ações criminais que podem resultar na prisão de prefeitos, explicou
o procurador Maurício Carneiro.
Ele esclareceu que a iniciativa
não é nova e deve-se ao sucesso obtido em 2008. Lembrou que antes as
denúncias de desmonte eram tantas que após cada eleição era realizada
uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa. O
diretor de fiscalização do TCM, Juraci Muniz Júnior também avaliou como
positivo o trabalho
preventivo realizado em 2008. Mesmo assim, as eleições municipais de
2008 resultaram na constatação de ações de desmonte em 32 municípios
cearenses.
As principais irregularidades constatadas no desmonte
de prefeituras cearenses dizem respeito ao sucateamento da frota de
veículos, máquinas e equipamentos; doação ilegal de bens móveis e
imóveis pertencentes ao patrimônio dos municípios; saques nas contas
correntes da prefeituras sem comprovação das despesas; contratação de
obrigações de despesas sem disponibilidade financeira e atraso no
pagamento de servidores.
Fonte: Diário do Nordeste Online
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