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Dirceu Grecco |
O Ministério da Saúde conseguiu aumentar 34 por cento
o número de notificações de casos de sífilis congênita em menores de um
ano de idade, entre 2010 e 2011. A sífilis congênita é aquela em que a
criança já nasce com a doença. O aumento é por causa da melhoria do
diagnóstico e tratamento da doença pelo SUS, Sistema Único de Saúde. A
sífilis pode ser transmitida ao bebê pela mãe. A sífilis pode matar a
criança ou provocar alterações nos ossos e comprometer o sistema
nervoso. A estratégia Rede Cegonha, do Ministério da Saúde, vai ajudar o
país a atingir o objetivo de eliminar a doença até 2015. Na Rede
Cegonha, a gestante faz o teste rápido de sífilis na primeira consulta
do pré-natal e em trinta minutos fica sabendo se tem a doença. Só no ano
passado foram diagnosticados mais de nove mil casos de sífilis no
Brasil. A taxa é de três casos para cada mil crianças nascidas vivas. O
diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da
Saúde, Dirceu Greco, fala que o diagnóstico precoce é fundamental para o
sucesso do tratamento da doença.
"A
vantagem do teste rápido é que a leitura é feita em 15 minutos. Naquele
momento ali, na atenção básica o profissional vai colher uma gota do
sangue do dedo e colocar no aparelhinho, fazer a leitura. Se for
positivo o tratamento é ali na hora, quer dizer toma penicilina no mesmo
momento ou logo depois. Então tem uma importância fundamental. Com isso
você cuida da mãe e impede a transmissão da sífilis para o
recém-nascido que pode ser muito grave e precoce".
Este ano foram distribuídos para rede pública de saúde 237 mil testes
rápidos de sífilis, sete vezes mais do que no ano passado. Para que o
bebê não tenha sífilis, o exame rápido da doença deve ser feito até um
mês antes do parto.
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