terça-feira, 23 de outubro de 2012

SÍFILIS: Notificação de casos da doença cresceu 34% devido ao trabalho de prevenção

Dirceu Grecco
 O Ministério da Saúde conseguiu aumentar 34 por cento o número de notificações de casos de sífilis congênita em menores de um ano de idade, entre 2010 e 2011. A sífilis congênita é aquela em que a criança já nasce com a doença. O aumento é por causa da melhoria do diagnóstico e tratamento da doença pelo SUS, Sistema Único de Saúde. A sífilis pode ser transmitida ao bebê pela mãe. A sífilis pode matar a criança ou provocar alterações nos ossos e comprometer o sistema nervoso. A estratégia Rede Cegonha, do Ministério da Saúde, vai ajudar o país a atingir o objetivo de eliminar a doença até 2015. Na Rede Cegonha, a gestante faz o teste rápido de sífilis na primeira consulta do pré-natal e em trinta minutos fica sabendo se tem a doença. Só no ano passado foram diagnosticados mais de nove mil casos de sífilis no Brasil. A taxa é de três casos para cada mil crianças nascidas vivas. O diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Dirceu Greco, fala que o diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento da doença.
"A vantagem do teste rápido é que a leitura é feita em 15 minutos. Naquele momento ali, na atenção básica o profissional vai colher uma gota do sangue do dedo e colocar no aparelhinho, fazer a leitura. Se for positivo o tratamento é ali na hora, quer dizer toma penicilina no mesmo momento ou logo depois. Então tem uma importância fundamental. Com isso você cuida da mãe e impede a transmissão da sífilis para o recém-nascido que pode ser muito grave e precoce".
Este ano foram distribuídos para rede pública de saúde 237 mil testes rápidos de sífilis, sete vezes mais do que no ano passado. Para que o bebê não tenha sífilis, o exame rápido da doença deve ser feito até um mês antes do parto.

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