sábado, 26 de janeiro de 2013

Aracati,realiza o VI Congresso Cearense de Aquicultura

A cadeia produtiva da criação de camarão em cativeiro
gera 18 mil empregos diretos em mercado crescente
Teve início na tarde de ontem, no município de Aracati, o VI Congresso Cearense de Aquicultura, reunindo representantes e produtores de pescado do nosso Estado e de outras regiões para discutir as necessidades do setor. O encontro é realizado no Hotel Mirante das Gamboas. Será encerramento hoje, às 20h, com programação cultural.

No setor, a criação de camarão em cativeiro no Estado tem mostrado grande crescimento nos últimos anos. Ano passado, a carcinicultura cearense teve um crescimento de 20%, em relação ao ano anterior. A produção fechou 2012 com 35 mil toneladas do produto. Em 2011, este número foi de 32 mil toneladas. Toda produção é voltada para abastecer o mercado interno que cresceu bastante nos últimos cinco anos, 20% do que é produzido fica no mercado cearense, os outros 80% segue principalmente para região Sudeste.

Toda cadeia produtiva, só no Ceará, gera em torno de 18 mil empregos e movimenta R$ 1 bilhão anualmente. Atualmente, a cultura possui 456 criadores, atuando numa área total de 7,4 mil hectares. Destes, 80% são pequenos, que se instalam principalmente na região litorânea do Estado. Nos últimos anos, 200 novos criadores se instalaram na região do Rio Pirangi, entre os municípios de Fortim e Beberibe, intensificando a criação.

Para o presidente da Associação Cearense dos Criadores de Camarão (ACCC), Cristiano Peixoto, o setor no Estado tem crescido rapidamente, devido à qualidade do crustáceo, fazendo com que o consumo interno aumentasse significativamente “Não estamos conseguindo abastecer todo o mercado interno. Há pedidos que entregamos com 30 dias de atraso porque não estamos produzindo o suficiente. Precisamos de apoio para ampliar a produção, garantindo mais emprego e renda para a população”, afirma.

Sobre os impactos ambientais, Cristiano explica que a ACCC realiza o Plano de Monitoramento Ambiental nas principais fazendas do Estado. A atividade está sendo acompanhado pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace).

Os criadores vivem um momento de tensão diante da quase acertada abertura do mercado para importações do camarão vindo principalmente da Argentina. Além de causar impacto na produção local, Cristiano afirma que há um risco de que a produção estrangeira contamine a criação cearense. “A própria Argentina tem dados de que 10% da população de camarão de lá está doente. Com as importações, há risco de contaminar nossa produção, já que o nosso Estado não apresenta a doença”, explica.

Segundo uma publicação técnica feita pelo Instituto Biológico de São Paulo, a Síndrome de Mancha Branca (White Spot Syndrome - WSS) é uma doença causada pelo vírus de mesmo nome, WSSV, que atinge uma grande variedade de crustáceos como camarão e lagosta. Ela não é considerada uma zoonose (não representando perigo para o ser humano na ingestão do animal contaminado), porém sua presença causa impactos negativos para o comércio, devido à aparência do animal doente.

Cristiano dá conta de que houve casos em que fazendas inteiras são dizimadas diante da presença da doença.
Essa é a principal questão abordada pelo Congresso, que discutirá também o desempenho e a representação comercial da carcinicultura no Brasil como negócio do futuro, produção alternativa com tilápia (cultura crescente no Estado), Legislação Ambiental, Código Florestal, Uso e Manejo, Carcinicultura comunitária, propostas e inovações para o setor, entre outras questões. O encontro conta com a presença de empresários, pesquisadores e do secretario da Pesca e Aquicultura do Estado, Ricardo campos. As palestras estão sedo realizadas nos períodos da manhã e tarde.

Está tendo exposição de máquinas, insumos, equipamentos e exposição de peixes ornamentais. O encerramento está marcado para às 18h30. Em seguida, haverá show musical de MPB. O VII Congresso Cearense de Aquicultura mobiliza produtores de diferentes regiões do Estado.

Mais informações
VII Congresso Cearense de Aquicultura, até hoje em Aracati
Realização: Associação Cearense dos Criadores de Camarão (ACCC)
Telefone: (85) 3257.5760

Fonte: Diario do Nordeste Online

O Blog diz: Realmente um grande empreendimento para a região, mas não se mede o impacto ambiental que os viveiros causa no meio ambiente, no baixo Acaraú se nota o desaparecimento dos habitantes naturais como o Siri, caranguejo..

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