Vaticano – A presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, pediu hoje
(18) ao papa Francisco que interceda na comunidade internacional para
garantir a retomada das discussões sobre a soberania das Ilhas Malvinas
(Falklands, para os britânicos). Os argentinos defendem o direito à
soberania das Malvinas, sob domínio britânico desde o século 19.
Cristina Kirchner e o papa Francisco almoçaram, na Casa de Santa Marta,
onde o pontífice está morando temporariamente. Ambos trocaram presentes.
"Pedimos ao papa Francisco que interceda para que o diálogo entre o
Reino Unido e a Argentina tenha mais espaço. É imperativo que todos os
países começem a usar as múltiplas resoluções de que a ONU [Organização
das Nações Unidas] dispõe”,disse Cristina.
Para a presidenta, a possibilidade de o papa, que nasceu na Argentina e
foi arcebispo de Buenos Aires, interceder é única."Esta é uma
oportunidade histórica e favorável para os governos democráticos na
Argentina e no Reino Unido buscarem o diálogo.”
Desde o século 19, a Argentina e o Reino Unido disputam a soberania das
Ilhas Malvinas. Atualmente, os britânicos detém o domínio. Mas os
argentinos contam com o apoio do Brasil e de outros países
sul-americanos para retomar as discussões sobre o tema.
Segundo Cristina Kirchner, a Argentina é um país que pacífico, sem
ameças de natureza bélica. Ela se disse surpresa ao ouvir do papa
Francisco a expressão “Pátria Grande”, também usada por José Martín e
Símon Bolívar, defensores da união dos países latino-americanos. “Eu
fiquei impressionada. Temos de redobrar nossos esforços [nesse
sentido]”, ressaltou.
No encontro de hoje, a presidenta presenteou o papa com um pacote de
erva-mate, açúcar e uma garrafa térmica – usados na preparação do
chimarrão argentino, chamado simplesmente de "mate". Francisco retribuiu
dando a Cristina um quadro com uma reprodução da Praça de São Pedro. A
delegação argentina reúne 19 autoridades, uma das maiores para a missa
de inauguração do pontificado de Francisco.
Fonte: Agencia Brasil
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