A Fifa anunciou nesta sexta-feira que tornará público em dezembro o dossiê do caso ISL, que, segundo reportagens da imprensa da Inglaterra, pode comprovar pagamentos de propina ao presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014, Ricardo Teixeira.
"Em um país de milhões de pessoas, você tem algumas pessoas que não se comportam adequadamente. Se na Fifa temos pessoas que não se comportam bem, isso não significa que a família Fifa seja corrupta", afirmou o presidente da Fifa, Joseph Blatter, logo após o fim do encontro do Comitê Executivo da entidade, em Zurique, na Suíça.
Blatter acrescentou, sem dar nomes, que uma empresa independente ajudará na execução de tornar os documentos públicos. Havia a expectativa de que as informações do tal dossiê fossem divulgadas já nesta sexta, mas os dirigentes da Fifa entenderam que os mesmos são complexos e que, escritos em alemão, precisam ter uma análise minuciosa para que se chegue a uma interpretação correta.
A decisão da Fifa ratifica o racha existente entre Blatter e Ricardo Teixeira iniciado de forma mais pujante desde a última segunda-feira, em Zurique, onde ambos estiveram juntos para fecharem o calendário oficial da Copa do Mundo de 2014, anunciado na quinta. O suíço já havia adiantado a meios de comunição ingleses que tomaria a atitude de divulgar o dossiê, o que irritara o brasileiro.
Segundo a rede de TV inglesa "BBC", Ricardo Teixeira foi um dos beneficiados, assim como também seriam João Havelange, ex-presidente da Fifa, Nicolaz Leóz, presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol(Conmebol), e Issa Hayatou em esquema com a atualmente falida e inexistente empresa de marketing esportivo ISL.
Segundo o jornalista Andrew Jennings, o brasileiro chegou a receber 9,5 milhões de dólares via depósito na conta de uma empresa chamada Sanud, que ele nega ser sua, mas que segundo o profissional de imprensa inglês teria, sim, Teixeira como dono.
Fonte: O Estado
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