terça-feira, 10 de julho de 2012

Defensores de animais do CE querem impedir motos em vaquejadas


Uma nova modalidade de vaquejada substitui o cavalo do peão por motocicleta e ganhou oposição das entidades de proteção aos animais no Ceará. A presidente da União Internacional Protetora dos Animais (Uipa) no estado denunciou no Ministério Público do Ceará a realização da “motojada'' prevista para ocorrer no dia 29 de julho em um sítio da cidade de Pacoti, a 95 km de Fortaleza. Para a Uipa, a "motojada" agride os animais.
Segundo a presidente da Uipa no Ceará, Geuza Leitão, a instituição deu entrada em representação no dia 19 de junho, após ela tomar conhecimento do evento por meio de uma postagem no Facebook. “Vimos um cartaz mostrando um motociclista com uma mão no veículo e outra segurando o rabo do boi. É uma prática horrível e cruel porque coloca em risco tanto a vida dos animais quanto das próprias pessoas”, explica.
A presidente da Uipa diz que é o primeiro registro do caso feito pela instituição: “Nunca tinha ouvido falar sobre isso. Depois de ver o cartaz, soube que esse evento havia sido realizado em Pernambuco e na Paraíba. Se eu tivesse tomado conhecimento, já havia tomado as providências necessárias”.
O episódio mobilizou também uma campanha nas redes sociais para pressionar os órgãos a cancelarem o evento. “Estamos confiantes porque é uma coisa que está chocando todo mundo. Está havendo um calor da sociedade em relação a isso”, afirma.Ministério Público
O Ministério Público estadual informou, por meio da assessoria, que o o promotor titular de Pacoti está de férias e que promotor André Barreira Rodrigues, da 2ª Promotoria da Comarca de Baturité está respondendo interinamente por Pacoti. O promotor informou que ainda não foi oficialmente comunicado sobre o assunto.

No setor de protocolo da Procuradoria Geral de Justiça (PGJ) a assessoria verificou que o pedido da Uipa foi protocolado e enviado para o Centro de Apoio Operacional de Proteção à Ecologia, Meio Ambiente, Urbanismo, Paisagismo e Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (Caomace). O Caomace informou que enviou nesta segunda-feira (9) a solicitação para a Promotoria de Pacoti.
De acordo com o MP, o Caomace não é órgão de execução, portanto não pode entrar com ação. Ele tem outras atribuições, por isso está encaminhando o pedido para Pacoti. André Barreira disse que vai se pronunciar na tarde desta terça-feira (10) sobre o assunto.
Fonte: Portal G1Ce

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